Nos dois primeiros livros falamos de futebol e carnaval. No terceiro livro o tema será a feijoada, o prato que se transformou em produto de exportação para o Brasil. Nessa história, amigos de longa data se reúnem à mesa para comer, conversar e contar histórias.

Para costurar essas narrativas, colocaremos um pouco das lendas e curiosidades sobre a feijoada. Desde o seu nascimento que não vem dos escravos como muitos pensam e sim de pratos europeus como o ensopado português ou o cassoulet francês. As opiniões diversas que eles têm, apoiados em diversas fontes, nem todas confiáveis. Aqui a discussão vai além da comida. Tratamos de como informações falsas e sem estudo prévio, podem ser manipuladas e acabam se tornando verdades para quem não souber se aprofundar.

Vamos mostrar como personalidades tão diferentes podem conviver em paz, sem as argumentações de ódio tão comuns atualmente. A vegetariana come arroz e couve contando como ela parou de comer carne.

O publicitário bem-sucedido fala de sua primeira campanha vitoriosa. A propaganda exaltava as qualidades de feijoada enlatada. É duramente criticado pelos amigos. Apesar de toda a sua riqueza ele tem algumas fraquezas que são reveladas aos amigos que acabam se compadecendo dele.

O único casal da mesa também tem sua história de feijoada que será contada pela ótica do rapaz e depois pelo olhar da garota. Duas visões diferentes e bem-humoradas da mesma história.

E uma última história da feijoada e sua ligação com o samba carioca. Vamos lá nas raízes musicais do Rio, na casa de Tia Ciata e os grandes compositores do começo do século XX.

As personagens ao redor de uma mesa, descontraídos, comendo e conversando fazem parte da tradição de contadores de histórias (os comensais), uma ideia antiga aqui resgatada também. Eles não estão ali por conta somente da comida, eles querem a companhia um do outro. Querem esse calor que é tão humano. Ouvir a voz conhecida e amiga de outras pessoas para se sentirem presentes e participantes de alguma coisa maior que é a própria vida.

Três histórias para três paixões, e como toda paixão pode suscitar arroubos de amor e ódio, versões controversas e tantos outros sentimentos. Mas uma coisa todas elas têm em comum, fazem parte do imaginário coletivo e da construção da cultura popular do Brasil.